Técnicas de espectroscopia

Equipe do projeto Rapideye esteve em Diamantina (MG), entre os dias 23 e 25 de setembro, realizando levantamentos em áreas de soja. O projeto prevê a utilização de técnicas e sensores de mapas satelite de última geração para o mapeamento da agricultura, considerando, por exemplo, propriedades do solo e a identificação de variedades de soja, pragas e doenças.

A proposta do projeto é integrar técnicas de espectroscopia de reflectância com dados de diferentes imagens de satelite , aerotransportados e orbitais. A expectativa é aprimorar métodos de fácil operação, adaptados ao contexto brasileiro e com aplicação direta no mapeamento de grandes áreas. Entre os objetivos do projeto está a montagem de bibliotecas espectrais de solo, soja e alvos estratégicos da agricultura tropical.

Os trabalhos de campo foram realizados em áreas experimentais da Embrapa Soja, onde estão implementados diversos experimentos e cultivares em espaço controlado. A equipe fez a coleta de cerca de 160 quilos de amostras de solo em áreas manejadas para o plantio de soja comum e também de soja transgênica. Foram feitos levantamentos de imagens de satelite em diferentes profundidades de solo para testes de carbono, fertilidade, nitrogênio, mineralogia, entre outros.

De acordo com o coordenador do projeto, Luiz Eduardo Vicente, as amostras foram coletadas com precisão centimétrica graças ao auxílio do GPS geodésico e serão espacializadas por geoestatística. “Os resultados das análises em laboratório serão posteriormente associados a dados espectrorradiométricos e imagens de satelite”, explica. Em novembro, serão realizados levantamentos com equipamentos de sensoriamento remoto em áreas de soja plantada. Os trabalhos seguintes pretendem acompanhar diferentes fases de desenvolvimento da soja, que terá sua produtividade medida ponto a ponto.

 

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